Professoras e professores

Essa semana partilhando imagens da infância com minhas amigas queridas do grupo Coisa de Mulher, peguei meu álbum de fotografias que fiz artesanalmente em 1996, e lá encontrei a foto de minha primeira professora. Fiz a foto numa de minhas visitas à casa dela, já próximo da formatura em Jornalismo. Conheci Dona Luzia, antes dos

Carta a Greta Thunberg

Greta, escrevo essa carta na incerteza que de fato seja lida por ti. Mas assim escrevo. Desejo fazer isso na esperança de que a energia de amor e paz sigam te acompanhando e protegendo, diante das expressões insanas de ódio que buscam te atingir. Quando te vi pela internet fiquei cheia de curiosidades e emoção

Pepeto

Certa vez, o equilíbrio de minha casa foi abalado pela ilustre visita de um menino de treze anos de idade. Bateu à porta procurando por mim. Antes que as janelas estivessem abertas e a casa varrida, aportava na Rua do Prado, meu colega de classe. A presença de um menino à minha procura deixou o

Ághata

Nos últimos tempos tenho procurado evitar, o quanto posso, as redes sociais. Por muitos motivos: trabalhos para concluir, textos para escrever, deslocamentos diante da correria do dia, não querer condicionar meu tempo a estar autômata frente a uma tela. Entretanto a própria lógica de uma sociedade que se organiza atualmente pelo processamento de símbolos pela

Quadrinhos e censura

Há tempos estava com vontade de escrever sobre Quadrinhos. E confesso que com o lastimável episódio ocorrido na Bienal do Rio, amplamente divulgado pela imprensa, fiquei mais desejosa ainda. Não sou muito de ler quadrinhos de super-heróis, desses que a gente tem visto no cinema com regularidade. Leio mais as denominadas graphic novels (romances gráficos,

Bacurau

Aguardei com muita expectativa o filme mais recente do Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Por muitos motivos: por se tratar de um filme realizado no Nordeste, por ser rodado numa comunidade seridó do Rio Grande do Norte, por saber que atores, atrizes e cineastas da Paraíba integraram a equipe do filme. Celebrei a ida

A morte das notícias

Nesta segunda estive em Aracajú, à convite do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Sergipe para participar de uma banca examinadora de mestrado e ministrar uma palestra. Num contexto tão desafiador de cortes de recursos e investimentos na Educação Superior e nas instituições de pesquisa, os programas de pós-graduação do Brasil têm

Xenofobia

Recentemente ao ver telejornais tive conhecimento dos crimes em El Paso (EUA). Sempre tento fugir das narrativas espetacularizadas sobre homicídios por diferentes motivos. Talvez o principal seja a consciência do quanto elas se tornam lucrativas, e, o quanto representam uma face perversa dos diferentes processos de manipulação da informação. Tendo passado alguns dias do acontecimento,

Bandolins

Nos anos 1980 eu era uma criança. Morava na rua Augusto dos Anjos. Não havia sido “domesticada” ainda, embora fosse tímida e educada com as pessoas da rua. Na verdade me sentia como Mogli, o menino lobo ou Moana, arquétipos das crianças nativas, selvagens. Andava de pé descalça, muitas vezes só de calcinha ou shortinho.

Cinemas de rua

Recentemente tive a oportunidade de fazer um passeio inesquecível conhecendo um pouco da cartografia dos cinemas de rua da cidade de João Pessoa. O convite foi feito pelo jornalista e crítico de cinema, André Dib, também estiveram presentes estudantes da pós-graduação em Comunicação e Culturas Midiáticas, o também crítico de cinema, Renato Félix e Danni,