Coveiro virtual

É estranho mesmo, mas há quem adore uma notícia mórbida, mesmo aquela pessoa muito “caridosa” que diz levar em conta a dor de alguém. Me deparei muito cedo com esse tipo de realidade. Quem nasceu no interior, uns quarenta anos passados, deve ter algum registro na memória de ajuntamento de gente em torno de tragédia.

Antigas canções

Nessa quarentena tá muito difícil não poder abraçar as pessoas que amo. Algumas delas inclusive que jamais voltarei a reencontrar. Acordei de uma noite curta em que tive dificuldades em entrar nela suavemente e dormir. Estava angustiada. Antes, bem cedo, havia passado na porta de duas pessoas muito amadas, feliz por vê-las, mas sem poder

Luto e Covid-19

Sempre que olho os números que traçam o percurso da morbidade da Covid-19 fico pensando na tristeza que assola milhares de pessoas pelas perdas vividas. E fico refletindo como esse é um aspecto muito importante que autoridades precisam levar em conta. Para viver o luto é preciso tempo e cuidado, e também autocuidado. Estamos diariamente

Jornalismo, atividade essencial

Antes que as primeiras medidas no enfrentamento à pandemia do Covid-19 viessem à tona, jornalistas no mundo inteiro se desdobravam para o entendimento da conjuntura internacional, num cenário complexo de uma catástrofe de escala global, com o advento da presença, disseminação e enfrentamento ao Coronavírus. Não é de hoje, na história da humanidade, especialmente a

Palavras não alcançam

Enquanto escrevo penso que estou numa jornada. São muitas as emoções voando aqui dentro. Sinto uma revolta imensa com o comportamento facínora dos vermes, que equacionam as vidas humanas monetariamente. Violam tudo e todos. Na maior de todas as crises humanitárias até aqui, somente a malignidade elevada ao extremo poderia produzir tamanha atrocidade genocida. Mas

Diário de uma quarentena

Eu acho muito estranho uma quarentena num país ensolarado. Só sei que quarentena é quarentena onde quer que você esteja no Planeta, mas cada um reage de forma particular a obrigatoriedade de manter isolamento. Confesso que quando tudo começou muitas imagens de filmes povoaram minha cabeça, de Resident Evil (que assisti apenas flashes) a tantos

Vermes, vírus & vaga-lumes

Não tenho medo de vermes. Apenas repugnância. Em minha imaginação os vermes já nasceram como anjos decaídos, condenados ao nada, imersos numa podridão. Talvez vermes não temam vírus. Nas últimas semanas, antes de dormir, fiquei muitas vezes pensando na sombra “invisível” da morte rodeando diversas partes do Planeta. Lembrava de narrativas sobre pragas que haviam