Cinza e laranja

Há dias em que a realidade te atropela. Momentos em que a “gente se sente como quem partir ou morreu”. Tão precisa música do Chico Buarque a descrever a roda viva. É uma criança que morre tragicamente. São três crianças negras desaparecidas, até então não encontradas. É vacina que falta. É cepa nova que chega.

A música das ruas

A arte sempre nos ajuda, sempre ajudou. Iluminou, e segue dando pistas. Quando imagino o mundo sem as artes penso que seria bruto e triste demais. Se não fosse um corpo transmutado pela arte penso que a vida na Terra seria insípida. Recentemente, num passeio de bicicleta num dia de domingo observei a sonoridades das

Matemática da vida

No domingo em que comemorava Dia das Mães, recebendo carinho, lendo homenagens e por vezes conhecendo as mães de colegas e pessoas desconhecidas, também fiquei pensando em mainha. Mainha é um arquétipo sertanejo. Uma das primeiras palavras que a gente aprende de um vasto dicionário particular. Me encontro faz tempo no rol das pessoas que

Vestígios dos dias

Gosto da cronologia, linear, daquelas que a gente marca no calendário. Dos dias nos quais o inusitado acontece e simboliza algo que vai te acompanhar a vida inteira. É aquele número repetido que ano após anos consegue te emocionar. Sou daquelas que lembra que os números representam algum acontecimento, paisagem, sabor, cheiro, raiva, alegria. Não

Saudade, essa constante

Quando eu soube do livro por um comunicado de uma vaquinha virtual fiquei muito empolgada. Ao saber do título do livro, disse para mim mesma: eita que título maravilhoso! Acho que por sintonia. Uma cumplicidade espontânea. Porque sinto assim, esse lirismo da saudade. Sou saudosista, o passado, longe de ser um fantasma, é um afago,